sábado, 31 de dezembro de 2011

Olha o dia...

As vezes parece simplesmente impossível para nós, deixar pessoas para trás. Digo mesmo, pela falta de escrúpulos em que você se encontra, pra fazer esta pessoa ficar. Pra fazer ela se importar, com que seja, em falar algumas palavras a mais..
Esses dias me cansam. Essa coisa rotineira que se torna um sentimento, é significantemente cruel. Pois eu poderia estar apenas pensando em como irei sair hoje, e se talvez, iria aparecer alguém por aí...mas eu não estou assim.
Eu queria mesmo, é um abraço. E mais algumas palavras a mais. Pois não quero tudo de você. Não tenho a pretensão nem da sua metade...
Só me faz feliz ver seu jeito. Seu sorriso, seus ombros. E talvez, eu até goste de como eu fico boba quando te vejo. Mas jamais eu saberei o que seria o suficiente pra você...e quais as possíveis palavras pra fazer com que você veja que, eu só quero te observar, e jamais pedirei algo em troca.
Pois bem, moço. Você tem o maior dom do mundo de alegrar meu dia.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Your shoulder.

Gosto do que vejo.
Não preciso de mais nada, não sei sorrir mais do que isso.
Adoro o jeito como você olha, e suas expressões tão naturais. Sou amante da sua vida, do seu estar. Gosto do seu equilíbrio, e sua cara de sério.
Não posso me esquecer dos seus ombros: estes são como rochas em minha memória.
Não é preciso estar com você, te ver sorrir me faz ganhar o dia. Ou apenas te ver..
E teu sorriso eu vejo de longe, garoto. O corpo inteiro estremece de tal forma, que mal sei como explicar.
Não te peço nada. Só desejo tua felicidade. Só desejo te ver sorrindo em cada passo.

E você, tão longe, talvez não poderá saber dessa minha felicidade que é você.
Mas não tiro meus pés do chão, e continuo vivendo. Me falta as palavras.

Te quero tão bem..

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Caneta Esferográfica

O seu nome está escrito aqui,
Dentro da minha mão.

Entendo que lembranças são tão vagas,
E minha memória já não ajuda mais.

E é por isso que usei aquela caneta esferográfica..
Assim, fica difícil tirar você do meu caminho.
Já que a vida te põe tão distante e eu só posso lamentar, enfim...
-

E se minha casa for muito longe, digo
Se todas as pedras machucarem seus pés? Digo,
Não sou tão feita de perfeições
Mas posso te dizer que vou lhe dar todo o amor em troca.

Se eu jamais soubesse de você,
jamais tería encontrado essa loucura dentro de mim
E nem mesmo esse desejo em meu corpo
Porque eu te vejo e fico trêmula
E querido, isso não é tão fácil de expressar.
-

Não te digo tantas palavras bonitas
Não, porque, e se você se cansar de mim?
Se é que sou alguém no seu mundo
-

Me sinto quebrada, me sinto cansada.
E meus pés não vão mais para onde eu quero ir.
Alguém, por favor? Me salve desse labirinto.
Pois até quando?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

She's running out...

Venho me despedir. Durante cada suspiro, eu sinto um arrepio. Um arrepio que até parece cócegas, que toca no fundo da alma, e volta pra me avisar.
Tenho tido vontades estranhas, nas quais eu me sinto absolvida por um instante: vou, cumpro com meus deveres mitológicos, e volto satisfeita.
Eu na verdade, andei me observando tanto, amigo. Andei encontrando qualidades fatais no meu eu. Sempre achei não ser orgulhosa, e hoje vejo que sou muito mais do que qualquer outro. Eu me surpreendo com minhas falhas.
E eu quero me despedir, usando essa falha como escudo.
Você diz que chega, e eu finjo que finjo te esperar.
Mas na verdade, isso dói. E eu não queria (de modo algum) que isso acontecesse.
Queria ter coragem pra te intimar, e ir beber umas assistindo as estrelas. Porque isso, eu sonhei a um tempo atrás. Não foi exatamente com você, mas dizem que os sonhos são tortos, portanto, lá vou eu coloca-los no compasso.
E assim, eu diria mais uma vez que valeu a pena. Independente de qualquer outra coisa nessa vida, buscaremos o impossível, e seguiremos insatisfeitos. Essa lei, eu sei de cor e salteado, pois já me visitou por diversas vezes.

Mas você, mais do que eu, finge vir, e pisoteia meus sentidos de forma que eu me sinto pisoteada. Machuca, mas é invisível a olho nu.
E aí, me despeço denovo. Sinto aqueles arrepios, como cócegas, que transportam minha alma aos meus sonhos, mas eles, de impossíveis, me esfaqueiam. Volto machucada outra vez.
E eu me pergunto: porque me fizeram tão sentimental? Porque apenas deixo de me importar, e mando tudo virar estrela de uma vez? Digo: vá para o espaço que te carregue.
Mas simplismente não dá.
Minha vida se resume em cartas repetidas. Em mesmices medíocres.
Meu erro é não persistir.

E eu lhe peço que não persista quando eu desistir.

Primavera quer entrar...

A cada esquina, uma nova falha esperança, uma nova folha que cai no chão sem avisar, sem nem ao menos dar explicações.
Eu tenho dado passos tortos. Tenho murmurado pelos cantos, e talvez meus motivos sejam tão bastardos. Tão-não-meus. Porque são mais seus. Me desespero outra vez. E outra. E assim tem sido por tempo indeterminado, pois tens o dom da dispersão, tens a vida toda só tua. Não encontras mal em deixar que o outro te espera. Não vê que talvez ninguém possa te querer tanto assim.
A vida de nós, é tua. E o fardo sou eu quem carrego, sou eu que tomo todas rédias de sofrer essa história. Que não existe.
Aliás, querido, quantos sonhos eu sonhei por ti. Te aviso, te direi quando não chegar perto. Pois a hora pode chegar sem tua percepção.

E tudo irá continuar funcionando da mesma forma.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

E dizer...

Eu vivi o utópico. Voltei para casa com os pés em outro lugar, talvez qualquer núvem tenha me batizado.
Você tinha sua arma, e eu estava desarmada. E era fácil de se ver como eu estava de refém. Mas eu sobrevivi tão inexplicavelmente.
Nunca quis pensar no que iria acontecer depois: eu andando por aí, descalça de sentidos. Sem razão alguma eu corri para que meu âmago ficasse.
Mas em alguns momentos é tão aliviante fugir do que te cerca todos os dias.

E eu posso tentar acreditar em cada mentira que você me contar, se sorrir novamente.

sábado, 6 de agosto de 2011

Remetente não mencionado.

Isto é uma carta. São coisas que eu devería te falar bem diretamente, mas os tempos estão difíceis.
Vivo momentos de quase angústia. Eu juro: bebidas, cigarros, bandas novas, sorrisos novos.. e até mesmo olhos pequenos. Não preciso de muito esforço pra me encontrar aí, te olhando bem de perto, e até mesmo sentindo o seu cheiro.
Bem, eu talvez não devería mesmo te falar.. tal da imprevisível eu. Dói sabe? Essa tua indecisão que é tão oca. Tão oca, que de tão, entristece.
Eu não sei o que procurar por essas ruas a não ser seus passos. Por onde andas, por que não estás. Procurando peças para completar algo que eu não sei o que é, sendo desnecessária.. as vezes apenas pra te sentir um pouco mais perto.
É bem meu isso, é bem de infância. Quando eu quero algo, quero de verdade. E acabo não vendo coisas que estão bem na minha frente: impossibilidades.
Não é te intimar, não é só ir ver como você está, não é amor, não é só lembrar de você toda hora. É querer, é querer entender, é querer ter. É se apaixonar.
Tal da imprevisível paixão. Não poder fazer nada, ter que se ecoar pra não correr o risco de perder as possibilidades. Bah, guri. Eu só te queria!

E agora, vai embora mais uma vez. Deixando a marca da espera, de todos esses dias em que eu só pude imaginar. Imaginar como podería ser...
Sonhar, sonhar e sonhar...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Adeus Lisztomania.

Pensei, pensei e pensei. Talvez isso fosse uma iniciativa, ou uma vontade, ou quem sabe uma decisão: a esperança tinha que morrer.

Meu estado era crítico, estável de se olhar, mas mal sabiam que ali havia um coração rasgado. Um coração com lavagens e mais lavagens, todas marcadas com um mesmo selo, um mesmo destino.
Não espero que ninguém me entenda, se é que me entendem. Quero mesmo é que se dane essa parte do entender, porque você mesmo não me entende. E eu mesma, não quero saber de tentar entender, não cabe mais a mim.
A razão por ter tomado essa atitude é simples: tudo isso machuca. As verdades são sempre as mesmas, elas não mudam, e eu consegui enxergar isso. Foi doloroso, eu posso te jurar que foi. Porque não é tão legal quando você chega ao ponto de querer matar suas esperanças.. quando alguém tenta tira-las de você, é ruim. Você se sente roubada. Mas ao contrário disso, eu me senti como se algo estivesse me obrigando a isso.. Não dá pra continuar. Eu me recuso a continuar.

E eu coloco um ponto final nisso tudo, a partir da tarde desse dia.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Procura-se

Faces... com gestos tão singelos que nos transmitem nada mais do que paz. É por isso que eu tenho procurado. É pela mão sem características fatais, pela mão que faz com que me sinta aconchegada e sem medo. Por esse capricho eu luto, eu me esfolo, eu mato a mim mesma. Essa paz que eu encontro em cada você que eu conheço. Essa serenidade absurda, que dá gosto. Eu queria ser assim, pra te dizer a verdade. Encontro em cada você, a paciência que eu procuro em mim já faz anos. Quando essa paciência dentro de você vai embora, leva com ela, um eu. Mas não um eu junto com ela, um eu que vai a procura de outro você..
Tantos desencontros. Tantas portas ocas, sem respostas. Eu só não quero morrer esperando. Esse é um medo virginiano, talvez por morar em uma rua sem saída. Quero sair desse beco, quero não ouvir essa voz, nem ao menos saber que eu sei que ela existe.. quero distância do que não posso chamar de casa. Distância de nômades, que roubam a energia semi-corajosa do meu âmago. Não quero você com paz passageira. Nem um você que eu não entenda, pois irei embora novamente.
‘’Se paixão fosse como nós pensamos que é..’’. Mas talvez seja.
Pois na minha concepção, paixão não te vem no sentido de momento. E sim o hoje. Chegado o amanhã, novas perspectivas correm na frente dos seus olhos.
Eu adoro viver meus planos, fugir da realidade que me cerca. Fugir é sempre maligno, fugir é intenso, é vivido. Quando se foge, se encontra caminhos e caminhos, e poder escolher o que viver no agora é mais do que fantástico.

Eu queria fazer de todos os dias, os escolhidos. Pena que não tenho força para isso, a vida não é só feita dos lados bons..

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sem surpresas.

Não é com a mesma frequência, mas ele continua batendo, na mesma espera contínua em que você segue sua vida, inigualável. Uma espera sem atalhos. Eu diría que a única coisa pela qual eu sou fanática: sua irresistível forma de fugir das coisas que você mostra procurar. Não é à toa, que várias palavras - na verdade, muitas - das que eu te digo, são por pura adrenalina ao te ver se chocando. Contra si próprio. É engraçado como eu me imagino, como eu vejo, nós dois, numa colisão de ideais, e todos, um com cada propósito. E logo, me vejo bem mais coagida, quando é chegado o momento em que tu apenas ergue sua cabeça pra enxergar mais claro e nítido. Não é com argumentos tortos que eu tento descrever cada miniatura de imaginação, é com maturidade intensa que procuro decifrar. Sim, eu mesma, não sabendo onde estou. E mesmo estando tão acostumada com esse tipo de coisa, me sinto em um labirinto, sem saber o que fazer. Sempre me pegam de surpresa, e me sinto uma menina ganhando uma boneca, um sentimento que se renova a cada despertar.
Eu tenho medo de ler você. Eu te olho, e vejo que não preciso te gostar. Pois suas canções são apavoradoras. São belas demais para os meus ouvidos. É um tormento, literalmente falando.
Quando é que posso esperar não me surpreender com você?
E a única certeza é: nunca terei resposta.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quanto a vidas, e modos de respiração.

Tenho medo do imprevisível. Do que me falta à visão. Daquelas meia-noites vividas e sofridas. Sofridas.
Não procuro dar ênfase na resposta que tenho sempre em mãos: não. Tentar é imprevisível. Tentar me assombra, mesmo me pôndo a prova. Tenho arrepios ao lembrar daquele dia, que você mal sabe o que me ocorreu.
As vezes as pessoas tiram suas esperanças - aquelas que ainda lhe restam - e simplesmente saem andando. Falando em algum celular, ou coisa que o valha.
Eu não gosto de me descrever, na verdade, sou do tipo que faço olhando apenas para mim mesma. Sou do tipo: não sou. O que você vê, não me agrada, pois apenas não sou.
Se depois de todas essas palavras, você que pensa que me conhece, que tenta me ler, e sabe que sempre passei por cima de todas essas barreiras, ainda pensa que sou, apenas digo: não sou.
Eu sempre tento, eu sempre vivo essas meia-noites que os vezinquandos me trazem aquela carência que sou eu mesma, que vive de mim.
Não ando por linhas tortas, as linhas em que eu passo são todas retas. Mas ainda assim, todo aquele seu encanto vem à tona. Tropeço, mais uma vez. E sempre me ocorre nos finais de semana.
Eu procuro por você, eu não quero procurar. Não querer, não é ser. O que me aflinge, é aquilo que mais me tem por completa. O que me tira do sério, faz com que eu esqueça de que existo. Excitação.
Hoje, depois de tantos acontecimentos fatídicos, caminhei pensando muito, e meus pensamentos eram tão permanentes em minha cabeça, que cheguei e logo corri para escreve-los. Como quem precisa desabafar.

Ouvindo uma música que me entorpeça o bastante, para poder me desenrolar. E me desenrolar não é algo tão fácil. Eu mesma não consigo. E nessas batidas, fica tão mais difícil de sentir o coração pulsando. Porque eu sei, eu tenho absoluta certeza, de que eu podería viver muito melhor o agora.
O problema é tirar o amanhã da cabeça. Não pelo fato de amanhã ser uma segunda-feira, nem nada. Mas sim, porque me ensinaram dessa forma.

O amanhã é outro dia.

Mas agora é outro instante, não é mais o que acabou de passar. Porque insisto nisso? E quando é a hora de parar?
Me baseio no mesmo rítmo em que aprendi. Me contorço com as traduções que eu mesma não traduzo a tempos. Há semanas que o ocorrido faz com que eu me sinta esse ser que está ao lado de tudo. Para ser correta, umas duas semanas, uns dois finais de semana. Eu não preciso disso. Pelo menos, eu acho que não.
E eu acho que, eu acho, é algo imprevisível também. Todas as incertezas são profundas. Todos os sonhos são irreais.
E não é porque eu estou escutando aquela canção de ninar que você me apresentou, que vou adormecer realmente. Ela me deixa bem acesa a tudo o que me escapa pelos dedos. Palavras.

Não tenho mais um rumo, porque um rumo não é o que todos nós imaginamos ser. Não quero ser um rumo na vida de ninguém. Quero ser alguém, e que sejas um-alguém-pra-eu-também. Que sejas pré-destinado como uma carta que chega para me alegrar, mas que eu nunca queira te guardar na minha gaveta. Fique apenas atento com o que tento te dizer agora: posso ser.

Com todos esses boleros, vou sumindo em paz. Deixando de existir pra você, mais uma vez..

segunda-feira, 4 de abril de 2011

''Get up in the morning and learn''

No entardecer da noite, trago comigo pedidos de socorro. Palavras, se tornam murmúrios então, já que tudo se mostra tão complexo.
Eu tinha uma Bohemia, um short de cós alto, e uma pequena aceleração no coração, na qual eu guardava com as mãos fechadas.
Aquele entardecer, tinha um gosto de Camel que era estonteante. Um texto na garganta, um moleton gigante e marrom, e histórias-pra-não-contar.
Não era prevista a sua essência, era tão desconhecida como o Universo pra mim. Mas eu quis tentar entender. Se significou algo pra você.. Ah! Aí já são outros quinhentos. E eu tenho dito: prefiro mil vezes me arrepender por algo que eu fiz, do que por algo que não fiz. Incertezas me corroem.
Mas depois daquele dia, e o que ele floresceu em mim, eu pude perceber que a sua essência tentou como uma ''estação do ano'' em minha vida.. Nunca fica. Nunca diz se vai tentar, nunca pede pra parar.
Não sei quem é você, você não sabe quem eu sou, não precisamos saber.
Mas você deixou um gosto amargo em minha lembrança. Aquele que eu nunca imaginei: as imagens que criei dentro de minha cabeça. Essas, estão permanentes como lanças em seus portões. Coisas nas quais não aconteceram, e que eu insisto em lembrar.

É memorável o que eu não ví.

sábado, 19 de março de 2011

Sentei naquela calçada. Tinha matinhos vazando de dentro do asfalto cansado, e já sem cor. Observando os carros que passavam, me ocorreu que todos aqueles sentimentos eram tão passageiros quanto eles, que apenas deixavam seus vácuos distribuídos em ventos sobre meus cabelos.
Me passaram várias faces, vários momentos no qual me senti feliz, e então, todo aquele arrependimento de coisas que eu não fiz me deram idéias de recomeçar.
Naquele momento, eu não podería te dizer o que existe dentro de mim, pois estava longe, de todos os modos no qual eu podería falar. E como eu não tinha criado coragem até então, de nada adiantaría sua presença.
Porém, dentro de mim, tudo parecia pleno, porque amanhã de manhã você iria estar apenas na minha lembrança.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Bla bla.

Existiu o tempo em que madura eu pensei que fosse, e que todas as minhas atitudes seríam certas, eu querendo ou não. Eu tentei amadurecer via adultos, nos quais se diziam pessoas não nulas, e de caráter.
Cresci acreditando que, o que as pessoas mais velhas faziam, era o certo, e isso me consumiu até um tempo atrás, até a época em que eu percebi que tão nulos são os humanos, quanto a falta de caráter os pode consumir.
Cresci aprendendo que amor, ele não existe, que ele era algo que juntava as pessoas apenas para reproduzir. Nunca acreditei em coisas irônicas como diz a própria palavra que o pronuncia, como papai noel, homem do saco..coisas nas quais você tem sempre a certeza de que não faz sentido.
Aprendi a sorrir por tudo, aprendi a ser boa, ser acima de tudo honesta. E os homens apenas fizeram com que tudo isso mudasse dentro de mim.
Existe uma pessoa que escutou uma música, e que aprendeu que rir demais é desespero.
Uma pessoa que aprendeu que amor existe sim, e ele se transmite a partir de gestos, seja ele qual for, pelo bem do próximo. Amor, é amor, e ele tem várias índoles.
Me tornei depois de tudo, com 19 anos, uma pessoa que jamais imaginei ser. Tudo ao meu redor me causa arrepios, de tão moralista e falso. As pessoas falam demais, e meus ouvidos já não aguentam mais escutar murmúrios de uma vida que podería ser boa.
É claro que não é fácil, mas levando em conta que as coisas passam, e cicatrizes jamais se apagam, é bem melhor viver.
Se eu deixasse claro para todos a minha sinceridade, sería ridículo, eu tenho observado as atitudes, e quaisquer que fosse minha vontade de concertar os atos dos outros, implicaríam no que eu faço também, que geralmente, não tem sido das melhores coisas.
Acontece que reclamar, não é e nunca foi a minha solução. Por isso, minhas atitudes me castigam. E quando se coloca um relógio que não é à prova d'água, na água, o ponteiro quebra. Tudo vira uma confusão.
Mas quando eu fico quieta, percebe-se um ponto de interrogação. O que eu sou, entra em conflito com o que eu faço.
Esse tem sido meu grande erro, talvez o erro que tem me consumido, já tem um tempo.
Enquanto as coisas ficam assim, eu só posso observar.
Eu sinto que não há o que fazer, a não ser, observar enquanto eu caio.