quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Bla bla.

Existiu o tempo em que madura eu pensei que fosse, e que todas as minhas atitudes seríam certas, eu querendo ou não. Eu tentei amadurecer via adultos, nos quais se diziam pessoas não nulas, e de caráter.
Cresci acreditando que, o que as pessoas mais velhas faziam, era o certo, e isso me consumiu até um tempo atrás, até a época em que eu percebi que tão nulos são os humanos, quanto a falta de caráter os pode consumir.
Cresci aprendendo que amor, ele não existe, que ele era algo que juntava as pessoas apenas para reproduzir. Nunca acreditei em coisas irônicas como diz a própria palavra que o pronuncia, como papai noel, homem do saco..coisas nas quais você tem sempre a certeza de que não faz sentido.
Aprendi a sorrir por tudo, aprendi a ser boa, ser acima de tudo honesta. E os homens apenas fizeram com que tudo isso mudasse dentro de mim.
Existe uma pessoa que escutou uma música, e que aprendeu que rir demais é desespero.
Uma pessoa que aprendeu que amor existe sim, e ele se transmite a partir de gestos, seja ele qual for, pelo bem do próximo. Amor, é amor, e ele tem várias índoles.
Me tornei depois de tudo, com 19 anos, uma pessoa que jamais imaginei ser. Tudo ao meu redor me causa arrepios, de tão moralista e falso. As pessoas falam demais, e meus ouvidos já não aguentam mais escutar murmúrios de uma vida que podería ser boa.
É claro que não é fácil, mas levando em conta que as coisas passam, e cicatrizes jamais se apagam, é bem melhor viver.
Se eu deixasse claro para todos a minha sinceridade, sería ridículo, eu tenho observado as atitudes, e quaisquer que fosse minha vontade de concertar os atos dos outros, implicaríam no que eu faço também, que geralmente, não tem sido das melhores coisas.
Acontece que reclamar, não é e nunca foi a minha solução. Por isso, minhas atitudes me castigam. E quando se coloca um relógio que não é à prova d'água, na água, o ponteiro quebra. Tudo vira uma confusão.
Mas quando eu fico quieta, percebe-se um ponto de interrogação. O que eu sou, entra em conflito com o que eu faço.
Esse tem sido meu grande erro, talvez o erro que tem me consumido, já tem um tempo.
Enquanto as coisas ficam assim, eu só posso observar.
Eu sinto que não há o que fazer, a não ser, observar enquanto eu caio.