sexta-feira, 29 de março de 2013

''(...) Minha vontade é que ele me pergunte se quero um pouco de chá gelado e se eu gostaria de ver um dos seus filmes estirada nas grandes almofadas... Eu mais uma vez me pergunto como é mesmo que se faz a coisa mais profunda do mundo com total superficialidade. Como é que se ama sem amor? Como é que se entrega de dentro de uma prisão? Nunca soube. ...Ainda é cedo e eu preciso de amor. Só um pouquinho de amor... Quero que ele veja o quanto mudei por causa dele, na esperança de que seu riso congelado saia do automático e eu ganhe um único sorriso verdadeiro... Talvez meu amor tenha aprendido a ser menos amor só para nunca deixar de ser amor..." É.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Mais amor.

É aí que todos os sons se abafam. É de mais amor que todos precisam, é de mais amor consigo mesmo. Hoje eu me encontrei vagando pelas horas que demoravam a passar, e eu notei que ela fazia aquilo propositalmente comigo. E notei isso, pelo fato de que, quando eu era pequena, tudo passava muito rápido. Bons tempos. Pega-pega, queimadas, bonecas, futebol, vídeo game, e brincar de Power Ranger no campinho que se encontrava perto de casa. Nada sobrevive materialmente. Mas é mais do que bom me lembrar disso espiritualmente. Mais do que bom, me lembrar de que um dia, em uma época da minha vida, eu não precisava me preocupar com o que as pessoas poderiam fazer comigo, ou não. Não existia tempo a ser perdido. Notei que, o tempo, ele passa a existir apenas dentro de nós. E ele é cruel na maior parte das nossas vidas. Ele faz questão de trucidar qualquer bom pensador, qualquer observador natural. E ele faz questão de parar naqueles dias em que, o que você mais precisa, é que ele se passe de uma vez. Mais doses de amor, por favor! A minha garganta está seca, e eu preciso afogar aquele que me prende o riso. Afogar dentro da memória, dentro de um potinho, no qual eu vejo agora. Afogar a mágoa, afogar a angústia, a falsidade e a incompreensão. A ignorância, e as vendas. Aquelas que tapam a visão do ser humano. Afogar-se, talvez. Talvez, talvez, talvez. Me livrar de toda insignificância que o mundo me propõe. Tudo aquilo que não me dá retorno algum. Tornar-se limpa. Limpar aquilo que os outros nos causam. Amor é tudo o que eu quero. No abraço, no sorriso, e nas palavras. Amor aos homens e mulheres mal amados. Uma esmola para aquele mendigo, que tanto precisa da sua boa vontade. E amor, mais amor. A vida se torna insignificante sem amor. E o amor...ele...ele é tudo isso. Tudo aquilo que nós sonhamos um dia. Amor é o abraço, é a compreensão, amor é o sorriso que você dá, pra tentar provocar outro. Amor é tudo. E eu quero que o tempo, intolerante tempo, me deixe amar mais um pouco. Mas me traga mais amor, por favor.

domingo, 13 de janeiro de 2013

vai passar.

As vezes, ela só queria alguém pra amar. Alguém pra assistir um filme num Domingo de tarde. Domingo chuvoso, Domingo singular: pele com pele. Talvez o mundo exigisse demais dela. Ou ela própria, se exigia demasiado. Ela tentava entender o porque daqueles fatos ocorridos, aqueles beijos que, inúmeras vezes, tinham gosto de adeus. E ela pensava tanto, que chegava a cansar. Desistiu das pessoas por diversas vezes, e chegou em um ponto em que decidiu manter uma distância confortável. De qualquer romance que não poderia chegar a acontecer, e de todas as paixões que vieram a se tornar fantasmas em sua vida. E, numa hora dessas, ela se contorce com o último adeus. Ela deve estar remoendo palavra por palavra, e todos aqueles olhares e sinais que lhe pareciam sinceros de tão mal esperados. Ela sente uma dor, bem lá no fundo. E ela até tentou me explicar o que seria isso. Saudade? Mágoa? Ela não consegue distinguir. Ela me disse que vai esperar o tempo passar um pouco mais. Disse que tá passando por dias lindos, e noites obscuras. Porque é ali que moram as lembranças. Eu só pude consola-la com uma simples frase, sábia frase, na qual sempre é bom ser lembrada: vai passar.